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sexta-feira, 4 de março de 2011

A Orfã

Feriadão chegando... sabe como é né? Vou logo procurando um filminho pra assistir e depois vir correndo postar aqui. Apesar de os filmes de suspense não serem os meus favoritos, hoje resolvidar uma chance à eles vendo A Orfã, e posso dizer que desde que vi O chamado, não tinha gostado tanto de um suspense.
Falando do casting... eu acho a Vera Farmiga uma excelente atriz ( Ela fez O menino do Pijama Listrado e Up in the Air), e como não podia ser diferente, ela arrasou em A órfã, provando que pode atuar em qualquer tipo de filme!

O filme conta a estória de uma famíl
ia que passa pela triste experiência de perder um filho... O filme já começa com a personagem Kate tendo mais um pesadelo com a filha que não nasceu ( ai... gente; quando eu vejo uma cena de parto normal eu tenho a sensação de que nunca vou parir!). Kate é casada com Jonh ( Peter Sarsgaard) e tem dois filhos; a fofíssima Max, que nasceu com um problema auditiv
o e o mais velho Daniel.
Kate sentia que a família estava incompleta.... e devido à perda da filha Jéssica, ela acaba convencendo o
marido a visitar um lar para órfãs na tentativa de adotar uma menina, e diferentemente da pr
eferência da maioria dos casais que freqüentemente optam por bebês, John and Kate decidem adotar uma menina mais velha.
Chegando no orfanato, eles logo s
e encantam por Esther... ela parecia a menina perfeita... tão articulada, intelige
nte, uma excelente pintora e extraordinariamente madura em comparação com as meninas da sua idade...
Jonh and Kate decidem logo adotar Esther... afinal, todas as informações fornecidas pela escola eram excelentes e eles tinham adorado a garota.... Mas colocar um estranho em casa pode causar sérias conseqüências!
Esther chega na casa, como quem não quer nada e logo conquista a amizade de Max e a antipatia de Daniel... Aos poucos a menina de voz doce e rosto angelical começa a mostrar suas garras empurrando violentamente uma menina de um escorregador tendo como única testemunha e pequenina Max, que nunca contava para ninguém as maldades da sua mais nova irmã.
Um certo tempo depois da adoção, uma das Irmãs que viviam no orfanato onde Esther morava, descobre informações novas à respeito da menina, e decide contar o que havia descoberto para Kate e Jonh... A visita da freira só desperta a desconfiança de Kate, mas em contrapartida desperta também a confiança cega que John depositava na menina e o casal começa a ter problemas de relacionamento.
Esther enxerga na Irmã uma ameaça, e como toda boa psicopata, ela rapidamente bola um plano de eliminá-la... e mais uma vez envolve a doce Max no plano que acaba com o assassinato da Irmã. Esther e Max pareçem ser muito próximas, no entanto tudo o que a pequena Max sentia pela irmã adotiva era medo... pois ela sempre testemunhava tudo o que Esther fazia... E acreditem; isso me fez pensar na minha posição enquanto professora em uma sala de aula... Eu detestaria pensar que meus alunos me temem... prefiro pensar que eles me respeitam; mas será que
respeito e medo não andam juntos? É possível separá-los? Será que é importante que eu seja autoritária de vez em quando ou isso é só para os métodos antigos? Complicado hein...

Enfim... Esther se revela uma psicopata de alto nível, e Kate era a única pessoa que conseguia realmente enxergá-la, o problema é que seu marido John parecia enfeitiçado pela garota e sempre a defendia com veemência. Esther era uma menina extremamente manipuladora e conseguiu com que todos pensassem que Kate estava passando por algum tipo de distúrbio e que necessitada de cuidados médicos mais precisos.


No final do filme, quando Kate percebe que Esther tinha tentado matar seu filho Daniel, ela a esbofeteia no hospital e acaba sendo sedada e internada... John volta para casa com Esther e Max e só então descobrimos que a menina sofria do complexo de Édipo, e desde o momento em que fora adotada o plano dela era somente matar toda a família e seduzir o pai... ela se arruma com uma maquiagem pesada, sandália alta e um vestido provocante e tenta seduzir John; como ele não cede às provocações dela... AHAH... não conto o que aconteçe!!

Quem me conheçe sabe que eu odeio contar final de filme... espero que vocês vejam A Órfã e que gostem o tanto que eu gostei. O fato da pequena Max ser surda me fez pensar no quão difícil é ter esse tipo de deficiência... como a família e os amigos tem que fazer um esforço de aprender libras para que aquela pessoa não fica completamente isolada do mundo... e no filme talvez o que fez com que Max confiasse tanto em Esther no início, foi o fato de ela ter aprendido tão rapidamente a usar a língua dos sinais para se comunicar, coisa que seu irmão Daniel nunca fizera.

Nossa gente... como é difícil ser mãe! O ato de parir já não é muito bonito de se ver... e criar uma criança; ter alguém ali que depende inteiramente de você deve ser muito complicado... no final do filme em uma das cenas de luta entre Kate e Esther; a mãe se vê obrigada a pular de uma certa altura para proteger a filha; pois caso ela não fizesse isso, Esther com certeza machucaria Max...
Escolher entre a sua própria vida e a vida de outra pessoa só mãe mesmo né gente? ( os pais que me desculpem) ... é claro que existem exceções entre os pais, mas acho que amor de mãe é de fato inconfundível.

Enfim, pra quem está procurando um suspense capaz de causar alguns sustinhos e alguns momentos de reflexão ... eu indico A Órfã... pior que depois desse filme, quem estiver pensando em adotar, vai pensar duas vezes hein! ....

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