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sábado, 30 de abril de 2011

Menina de Ouro

Chorei viu gente? ah... como eu chorei... fiquei com os olhos super vermelhos de tanto chorar com esse filme ontem! Na verdade já tinha visto uma outra vez e como estava com outras pessoas acho que me conti um pouco mais, mas dessa vez... nossa senhora... chorei horrores.

Eu sou apaixonada pelo Morgan Freeman... sempre gosto muito de tudo o que ele faz, mas devo dizer que a Hilary Swank tá perfeita no papel de Maggie... a postura como lutadora, as mudanças no corpo e a interpretação realmente foi digna de um Oscar.

Eu tenho uma certa queda por filmes de superação ( nem todos, só os bem feitos) e a estória da Maggie já é emocionante por si só, e ver a maneira que era tratada pelo treinador logo no início quando ela decide ser uma lutadora... que determinação né? Eu teria desistido a primeira vez que ele fosse duro comigo....
O filme me fez refletir sobre o mundo do esporte, que ao
mesmo tempo que é tão lucrativo e gratificante, pode ser tão cruel. Uma pessoa de 30 anos não é considerada velha, no entando no mundo dos esportes quanto mais cedo melhor, e quando você alcança uma certa i
dade, principalmente se você ainda não alcançou um lugar ao sol, pareçe que você agora não serve mais para nada - é completamente descartável. Enfim... Maggie ouve que nunca será uma campeã por conta da sua idade e do treinamento que ainda não tinha, mas por muita insistência ela consegue ganhar o respeito de todos, inclusive do treinador.. a quem carinhosamente chamava de " boss" ... que passa a enxerga-la como uma verdadeira filha, já que ela vivia afastada da família.

Frankie resolve treinar Maggie depois que o seu melhor lutador decide procurar outro empresário à ap
enas duas lutas antes da conquista do título. Frankie fica muito decepcionado, mas mesmo assim decide treinar Maggie apenas enquanto ela não conseguia um outro empresário... provavelmente em uma tentativa de não se apegar à garota - o que não aconteçe.

Maggie começa a se destacar no mundo do boxe feminino e a se aproximar cada vez mais de Frankie, que assim como ela, era uma pessoa sozinha no mundo - sem família e provavelmente isso foi o que o tornara um homem tão amargo. Diante de tantas conquistas, ninguém podia imaginar que o destino pregaria uma peça em Maggie e Frankie. Durante uma luta com a tão temida " Blue Bear" considerada a lutadora mais desonesta do campeonato, Maggie consegue vencer a luta, e em um momento de descuido, quando estava comemorando, é atingida fatalmente pela Blue Bear - a coluna de Maggie é atingida e ela perde os movimentos do pescoço para baixo e consegue respirar apenas com ajuda de aparelhos. O que deve passar na cabeça de uma pessoa que viu o mundo e agora se encontra cheia de limitações? Além de não poder mais competir, Maggie via a cada dia o sofrimento de Frankie, e a situação se agrava mais ainda quando ela perde uma perna.

E isso nos faz pensar mais uma vez na discussão sobre a eutanásia. O que a gente considera como vida? Maggie não vivia mais... era completamente incapaz de realizar qualquer atividade e necessitava de aparelhos para conseguir respirar... de certa forma ela não mais vivia, apenas vegetava, e será que temos o direito de condenar uma pessoa a viver assim pelo resto da vida? Essa é uma discussão muito complexa... Maggie pede a Frankie que desligue os aparelhos pois ela não queria mais viver assim... e essa provavelmente foi a decisão mais difícil da vida dela, pos apesar de quere-la perto dele, ele sabia que a estava matando a cada dia que a condenava a viver a prisão de um quarto de hospital... então, ele atende o ultimo pedido de Maggie.

Eu fico pensando em como deve ser triste acabar assim, mas também penso que no caso dessa personagem, de fato ela viveu aquilo que tinha pra viver, realizou um sonho de ser uma vencedora no mundo do esporte, ela superou todas as barreiras que lhe foram impostas .... mas a gente nunca está satisfeito né? Tem tanta gente que vive 50 anos em uma vidinha mais ou menos, sempre com medo de arriscar e fazer o que realmente tem vontade. E é nesse sentido que eu admiro muito Cazuza, ele morreu cedo por consequência de seus próprios atos, mas ele viveu a vida em sua intensidade... viveu tudo o que tinha pra viver e devo confessar que morro de medo de chegar no final da minha vida

sexta-feira, 29 de abril de 2011

As Viagens de Gulliver

Oi pessoal... estou de volta para continuar escrevendo sobre as minhas aventuras cinematográficas e a bola da vez é o tão comentado As Viagens de Gulliver, uma versão moderninha do clássico literário de Jonathan Swift. Eu gostei do filme... e na verdade só tem uma coisa que me incomoda muito... adivinhem só? O Jack Black ... que como sempre estava " TOO OVER"... acho ele sempre muito exagerado, ele quer ser o cara engraçado e acaba sendo a criantura mais sem graça possível. Pra mim o ator mais engraçado da atualidade é o Seth Rogen...

Bem... Jack vive Gulliver, um cara simples que trabalha no setor de correspondência de uma empresa, porém, ele acaba recebendo o convite para fazer uma viagem à trabalho, Gulliver aceita a tarefa, no entando é pego de surpresa por uma tempestade que o leva
para Lilliput... um lugar completamente normal, porém povoado por milhões de pequenas pessoas, que logo aprisionam Gulliver por acreditar que ele era uma fera mandada por povos inimigos.
Gulliver prova o seu valor ao resgatar a princesa que estava sendo resgatada e por salvar o rei de um incêndio... a partir de então ele passa a ser tratado como um verdadeiro rei em Lilliput... tinha tudo o que queria, porém Gulliver passa a subestimar as pessoas de Lilliput, contando muitas mentiras.

E nessa parte o filme fica legal, pois faz referência a vários filmes como Titanic e Avatar e tantos outros.... Todos os filmes faziam parte das mentiras de Gulliver, que contava todas as aventuras dos filmes como se ele as tivesse vivido. As pessoas acreditam em tudo, e quando de fato ele teve que enfrentar o perigo, ele acaba desistindo e confessando que havia mentido. Lilliput expulsa Gulliver da ilha e ele acaba chegando em um outro lugar onde as pessoas eram gigantes....

Bem... eu naum vou mais ficar aqui contando sobre o filme. Quando eu estava na faculdade a gente leu o livro do Swift e eu particularmente gostei muito e portanto o filme acabou me trazendo boas recordações.... Espero que alguém veja e possa postar comentários ! Bom fds e com certeza postarei mais!


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Minhas Mães e Meu Pai

Oi pessoal... que saudade que eu estava desse blog! Infelizmente tive que passar um tempo longe por conta de umas reformas aqui em casa, mas graças a Deus esse final de semana tudo se ajeitou e eu já pude voltar para o meu quarto e para o meu cinema particular... e agora tô aqui pra falar de Minhas Mães e Meu pai.
Eu já andei contando para vocês sobre as minhas atrizes favoritas , mas acho que ainda não falei da Juliane Moore... eu adoro todos os filmes que ela faz ( Ensaio sobre a Cegueira, A mão que balança o berço, Short Cuts, O preço da traição, O mito das digitais....) enfim, podia ficar aqui dias inteiros falando do quanto eu gosto da Juliane e de todos os filmes dela que eu já vi, porém... hoje é dia de falar sobre Minhas Mães e meu Pai, que conta a estória de uma família
nada convencional.
Jules( Juliane Moore) e Nick ( Annette Bening) são um casal de lésbicas que decidem fazer uma inseminação artificial e dessa forma terem aquilo que tanto queriam - uma família. as duas são inseminadas por um mesmo homem ( até então desconhecido) e dão à luz a dois jovens, Laser e Joni ( ah gente... a
Joni é interpretada pela mesma atriz que interpretou a Alice na versão do Tim Burton - o nome dela é meio complicado Mia Wasikowaska e ela continua com aquela mesma carinha sem graça ... nada de maquiagem e o cabelo loiro enorme, mas dessa vez devo dizer que ela usou uma chapinha! ).
Enfim... Laser e Joni decidem que é hora de conheçer seu pai biológico e entram em contato com o laboratório onde a inseminação foi feita dezoito anos atrás... o laboraório entra em contato com o doador ( Paul) que prontamente decide aceitar o convite dos filhos e marcar um encontro....mas a entrada de Paul nessa família nada convencional não seria nada fácil, pois apesar de ter conquistado o carinho e a atenção dos filhos e de Jules, ele acaba conquistando toda a desconfiança e ciúmes de Nic...
O filme lida com o tema ainda polêmico do homossexualismo apresentando para a audiência uma situação que provalvelmente em alguns anos será considerada normal... casais gays com filhos provenienetes de inse
minação artificial que vivem em uma família ... e àcima de tudo, mostrando que independente de viverem com uma família hetero ou não, os filhos podem de fato crescer e se tornarem cidadãos de bem independente dos "pais" que tiveram. Acho muito complicado quando discutimos a questão de crianças que vivem em abrigos e casais homossexuais que podem dar uma vida bem melhor àquela criança tendo seus pedidos de adoção negados apenas pelo fato de serem gays, uma coisa eu digo... é claro que valorizo muito a família,devo muito do que sou à minha, mas se eu fosse uma criança abandonada provavelmente não gostaria de morar em um abrigo.
Voltando à temática do
filme... assim que descobrem que os filhos procuraram o pai biológico, Nic e Jules decidem que era hora de convidá-lo para um almoço na casa delas, dessa forma poderiam conheçer melhor e acabar com toda a curiosidade gerada em torno do assunto. Durante a conversa fica claro que Nic, por ser uma médica bem sucedida, era quem bancava a casa ... e Jules ainda estava tentando se encontrar profissionalmente, e a sua próxima tentativa era a jardinagem.
Paul decide ser seu primeiro cliente e contrata os serviços de Jules ... porém, o que era para ser apenas um trabalho como outro qualquer, acaba desestruturando toda a família, visto que Jules acaba tendo um relacionamento ( estritamente sexual) com Paul, relacionamento esse que acaba sendo descoberto por Nic... e assim a vida da família acaba se desestruturando.
Jules acaba ficando em dúvida do que realmente era... teria ela voltado a ser hétero? O que ela estava sentindo por Nic e por Paul? Ela vive uma crise de identidade no campo profissional e isso acaba se refletindo na sua vida sexual também...

É claro que não vou contar o final do filme né? Mas posso dizer que gostei muito dos questionamentos que o filme me proporcionou... enfim... indico o filme e adoraria ler comentários à respeito!